sexta-feira, 12 de agosto de 2011

ALPORQUIA

O que é:
A alporquia é uma técnica de multiplicação vegetativa de plantas, utilizada principalmente em algumas plantas com as quais a estaquia não funciona facilmente. Consiste em enraizarmos um ramo quando ele ainda está preso na planta, retirando a muda em seguida. Na realidade, é uma variação da mergulhia, uma outra técnica de propagação vegetativa de plantas. Recomenda-se o uso de Vitamina B1 ou fertilizante líquido (enraizador).
Vantagens:
O método funciona em algumas plantas nas quais a estaquia não é eficiente. A “alporquia” continua recebendo água e nutrientes da planta, não utilizando somente as suas reservas, motivo pelo qual é um método mais eficiente.
Primeiramente vamos fazer um “Anel de Malpighi”, que se trata de uma raspagem no comprimento de duas a três vezes o diâmetro do galho que iremos cortar. Utilize um material cortante para retirar a casca.

Em seguida, iremos envolver o anel de Malpigui com esfagno (um tipo de musgo em forma de estoupa, utilizado como alimento para plantas carnívoras, geralmente encontrado em Floras), pó de xaxim, terra ou areia, bem umedo. Depois fechamos com um saco plástico, amarrando as pontas com barbante. Para agilizar o processo, você pode usar hormônios que aceleram o processo de enraizamento, como o Ácido Indol-butírico ou com Cloridrato de Tiamina (ambos podem ser encontrados em Flora), neste caso, deixe o hormônio de molho no esfano por 2 horas.

O Alporque necessita de umidade constante, por isso e  necessário constante aplicação de água ou o próprio hormônio utilizado na primeira aplicação. Conforme a região ou pleno verão se aplica varias vezes por semana, o segredo e não deixar secar...
Quando você observar que há bastante raízes aparecendo entre o esfagno, é hora de separar o galho da planta. Corte uns 2 a 3 centímetros abaixo do amarrio, retire o plástico, mantenha o esfagno no local, enterre o galho em um saco plástico com terra adubada e jogue água em seguida. Neste período o galho estará muito frágil, por isso, deve-se protegê-lo do sol intenso, aguar periodicamente e acompanhar até que se fortaleça novamente, momento em que devemos transportá-lo para o local definitivo.
Algumas plantas têm uma dificuldade maior de reprodução, por isso, o método mais indicado é a Alporquia, que embora seja mais caro e possui um menor rendimento, é mais delicado com a planta do que a Estaquia, por exemplo, Segue algumas espécies recomendadas para a reprodução por Alporquia:
  • Azaléia
  • Azevinho
  • Bordos
  • Camélia
  • Cerejeira
  • Cipreste
  • Comigo-ninguém-pode
  • Cróton
  • Dracenas
  • Falsa-arália
  • Ficus
  • Filodendro
  • Gardênia
  • Jabuticabeira
  • Laranjeira
  • Macieira
  • Magnólia
  • Monstera
  • Nogueira-pecan
  • Pereira
  • Pinheiros
  • Pitangueira
  • Romã
  • Roseira
  • Tuias

A época mais indicada para alporquia, é o início da primavera, quando as plantas estão em pleno crescimento e o tempo de permanência do “curativo” pode variar dependendo de cada espécie, alguns exemplos:
  • Espiradeira (Nerium oleander) – 8 semanas
  • Azaléias (Rhododendron sp) – 14 semanas
  • Figueira (Ficus sp) – 7 semanas
  • Ginko (Ginko biloba) – 4 meses
  • Jabuticaba (Myrciaria cauliflora) – 1 à 2 anos, a jabuticabeira tende a crescer a casca em volta do anel, por isso a cada guatro meses e recomendado desfazer o processo e retirar a a casca novamente....
  • Pitangueira (Eugenia uniflora) – 14 meses à 2 anos

Fonte: http://gilson.blog.br/?p=343




HISTÓRIA DO BONSAI

Apesar de ser conhecido como uma arte japonesa, sabe-se que o costume de miniaturizar árvores surgiu na China, de onde foi levado provávelmente junto com o budismo para o Japão. A palavra Bonsai deriva da palavra chinesa pun sai. Ainda hoje existe a linha chinesa de bonsai chamada penjing, que segue padrões e estéticas diferentes dos modelos japoneses.
Esta arte de cultivar minúsculas plantas nasceu na China, há cerca de três mil anos. A data e o local correctos em que o primeiro bonsai foi cultivado são imprecisos, mas a história conta que as famílias, durante o Inverno, perdiam algumas das suas plantas favoritas. Infelizes com esse tipo de incidente, elas aos poucos desenvolveram técnicas que permitiam conservar as árvores livres dos estragos provocados pelo frio. Foram muitos anos de tentativas frustradas até os chineses conseguirem cultivar as árvores em bandejas.
A introdução dos bonsai no Japão é um ponto de muita discussão, mas a mais forte corrente acredita que a chegada ocorreu durante a dinastia Yuan, na China, entre os anos 1280 e 1368, quando os dois países fizeram grande intercâmbio. É dessa época, 1309, o "Kasuga-gongen-genki", uma pintura em pergaminho do artista Takashina Takakane que mostra uma celebração em frente a um templo budista com um bonsai ao fundo. Esse mesmo quadro é o alvo das controvérsias, já que retrata uma paisagem do período Heian, de 794 a 1192, ou seja, os bonsai podem ser mais antigos no Japão do que se presume actualmente.
A primeira menção registada de bonsai data da Era Kamakura no Japão, período da história que vai de 1192 a 1333. Nos pergaminhos do sacerdote Honen, que viveu na época, constam ilustrações de árvores em miniatura, plantadas em bacias e expostas em prateleiras. Vários outros textos escritos durante esse período mencionam plântulas de árvores e outras plantas colhidas nos campos e montanhas e transformadas em bonsai. A famosa peça teatral Hachi-no-ki, que trata de temas da Era Kamakura, faz referência específica a ameixeiras, cerejeiras e pinheiros plantados em vasos. Por todos esses factos, acredita-se que a arte do bonsai já era apreciada pela nobreza japonesa há pelo menos 800 anos.
Durante a Era Edo, que vai de 1615 a 1867, a jardinagem e os vasos de plantas, em especial as floríferas e as espécies com folhas coloridas, eram de extrema popularidade no Japão. No entanto, evidências indicam que o interesse maior pelo bonsai aumentou só no final dos anos Edo, quando as árvores estranhamente deformadas eram, por puro equívoco, consideradas bons exemplares de bonsai. Essa tendência à deformidade logo foi corrigida e o bonsai ressurgiu como expressão de saúde e beleza natural.

Em 1914, para dar cobertura ao crescente interesse do público por esta arte, aconteceu no Japão a primeira Exposição Nacional de Bonsai. Vinte anos depois, o Museu Metropolitano de Arte de Tóquio instituiu uma exposição anual, que é realizada até ao presente. Tempos mais tarde, numa iniciativa da Fundação Takagi, destinada a promover, entre outras coisas, exposições permanentes de bonsai, foi inaugurado nos arredores da capital japonesa o Museu Takagi da Arte do Bonsai.
Em tempos passados, o cultivo do bonsai era considerado coisa de pessoas ricas. Hoje no entanto é visto como hobby e arte pelo público em geral. O gosto pela arte vem crescendo ano após ano na Europa, Estados Unidos e também no Brasil
Fonte; http://ameliapalmela.webnode.com/a01-bonsais-ap/a-historia-do-bonsai/